Teresa, que esperava uvas

Gabriel Garcia Marques me bloqueou.
Não consegui terminar de ler Cem Anos de Solidão.
Talvez não seja a hora, algum outro dia, quem sabe em outro ano tente recomeçar.
Mas precisava voltar aos livros literários ... Foi quando conheci, organizando um evento onde trabalho, a escritora Monique Revillon e seu livro de contos:Teresa, que esperava uvas.
O livro da Monique sugere um novo olhar sobre o mundo, na tradição da literatura de introspecção. Mas Veríssimo alerta no prefácio que o livro é “prismático”, porque se reflete em várias direções.
Alguns desses prismas podem ser vistos logo no índice.
Já tenho dois contos preferidos: "O peixe" e "Reencontro".
Teresa, que esperava as uvas pede uma leitura lenta e contemplativa. Que se saboreie cada trecho.
Disse Clarice Lispector que “escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível”. É do irreproduzível que esse livro fala. E como trata-se de um livro cheio de paradoxos e labirintos, então é possível concluir com outra frase de Clarice, que ao mesmo tempo que afirma que escrever é procurar entender, diz também: “Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo o entendimento”.
Em Teresa, que esperava as uvas quanto menos se entende, mais se compreende.
Monique me inspirou, comecei a pensar em escrever contos.

Comentários

Anônimo disse…
por que será que não gosto do título desse livro?
não sei
eu gosto..

Postagens mais visitadas deste blog

o amor existe?

paparazzo em santa cruz