A manhã, às 18h, no Café do Cofre do Santander Cultural,será lançado o curioso livro Palavra Prima: As Faces de Chico Buarque, reunindo textos de professores universitários de diversas áreas do conhecimento que analisam a obra do cantor e compositor a partir de recortes que vão da filosofia à sociolo- gia, da política às artes, da literatura ao cinema. Organizado pelas professoras Ana Mery Sehbe De Carli e Flávia Brocchetto Ramos, o volume sobre Chico Buarque traz ensaios depesquisadores da PUCRS, UFRGS, UCS, Unisinos, Unicamp e PUCSP.Uma das inspirações do título da antologia vem de uma canção pouco conhecida de Chico, chamada Uma Palavra, em que ele chama a palavra de "minha criatura". O lançamento terá ainda um debate com a presença das organizadoras do projeto e de alguns dos autores dos ensaios "chicobuarquisticos".
Lua Adversa
Tenho fases, como a lua Fases de andar escondida, fases de vir para a rua... Perdição da minha vida! Perdição da vida minha! Tenho fases de ser tua, tenho outras de ser sozinha. Fases que vão e que vêm, no secreto calendário que um astrólogo arbitrário inventou para meu uso. E roda a melancolia seu interminável fuso! Não me encontro com ninguém (tenho fases, como a lua...) No dia de alguém ser meu não é dia de eu ser sua... E, quando chega esse dia, o outro desapareceu... Cecília Meireles Gostaria de ter escrito esta poesia. Porque é m inha preferida, porque me descreve bem. Tinha 13 a primeira vez que li. Sigo relendo. Eu e minhas intermináveis fases. Não que sejam muitas, são fases que se alternam: que vão e que vem. num secreto calendário, inventando não sei bem por quem. Fases de andar escondida. Fases de ir para a rua. Fases de ser sozinha, ser de ninguém. Fases de ser tua, mas neste dia, não é seu dia de ser meu. E assim, não me encontro com ninguém. quando chega neste dia, o o...
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